Autoconhecimento

A busca pelo autoconhecimento é algo realmente valioso, e muitas pessoas encontram na psicoterapia um caminho para explorar e compreender melhor seus comportamentos e sentimentos.

Para a Terapia Comportamental, o autoconhecimento tem suas raízes na interação social. Dependemos das pessoas ao nosso redor, ou seja, da nossa comunidade socio-verbal, para aprender a nomear e descrever o que sentimos, e entender por que agimos de determinada maneira.

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Por meio de perguntas e inferências (“Como está se sentindo?”, “O que está fazendo?”, “Por que você fez isso?”, “O que você está sentindo é fome, já que está irritado e faz horas desde a sua última refeição,Imagino que seu machucado dói, está sangrando!”), nossa comunidade socio-verbal nos ensina a emitir tais relatos e descrições sobre nossos comportamentos e sentimentos. É um conhecimento especial que nos ajuda a nos compreendermos melhor e a evoluirmos enquanto pessoas.

Entretanto, cada comunidade socio-verbal tem suas particularidades, ou seja, diferentes níveis de autoconhecimento são produzidos, bem como formas distintas de explicar a si mesmo e aos outros. Quanto mais ela fornece motivos e explicações para determinada pessoa observar seus próprios comportamentos e sentimentos, identificando suas causas, mais profundo será o seu autoconhecimento. Se, por outro lado, essas oportunidades forem limitadas ou inexistentes, o próprio repertório de autoconhecimento do indivíduo será restrito.

É aí que a Terapia Comportamental se torna uma aliada poderosa: ao treinar, desenvolver e aprimorar o repertório de autoconhecimento de cada pessoa, possibilita que, ao se conhecer melhor, ela tenha uma variedade de possibilidades para prever e modificar seu próprio comportamento. É um verdadeiro empoderamento pessoal.

“Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’ por meio de perguntas que lhe foram feitas está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento”

B. F. Skinner

REFERÊNCIAS

  • Skinner, B. F. (2003). Ciência e comportamento humano (11ª ed.). Martins Fontes. (Obra original publicada em 1953).

  • Skinner, B. F. (2006). Sobre o Behaviorismo. Cultrix. (Obra original publicada em 1974).