Habilidades Sociais

Você já se viu enfrentando dificuldades para estabelecer e manter amizades ou relacionamentos afetivos? Talvez você sinta uma timidez excessiva ou preocupação constante com o julgamento das outras pessoas nessas situações. Não se preocupe, essas dificuldades são mais comuns do que você imagina, e a psicoterapia pode ser a chave para te ajudar a superá-las.

Na verdade, muitas pessoas buscam a psicoterapia justamente para obter suporte e orientação nessa área. Afinal, é normal não saber como se comportar em certas situações sociais ou sentir-se inseguro(a) ao expressar suas opiniões e impor limites. No entanto, essas dificuldades podem afetar negativamente vários aspectos da nossa vida, sejam no âmbito pessoal, amoroso ou profissional.

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As habilidades sociais, também conhecidas como “soft skills” ou inteligência socioemocional, são essenciais para nos relacionarmos adequadamente em diferentes contextos sociais. Elas englobam uma ampla gama de competências, e vou te mostrar algumas delas:

  • Habilidades de Comunicação: fazer perguntas pertinentes, responder de maneira efetiva, elogiar e agradecer as pessoas, além de saber dar e receber feedback durante as interações sociais. Também é importante saber iniciar, manter e finalizar conversas de forma natural e confortável.
  • Habilidades de Civilidade: usar expressões simples, como “por favor” e “obrigado(a)”, apresentar-se adequadamente, cumprimentar e despedir-se de maneira amigável. Essas pequenas atitudes demonstram respeito e consideração pelos outros.
  • Habilidades Assertivas: expressar suas opiniões de forma clara e respeitosa, concordar ou discordar de maneira assertiva, fazer pedidos e recusá-los quando necessário. Além disso, é importante saber pedir desculpas e admitir falhas quando cometemos erros. Estabelecer e encerrar relacionamentos também são habilidades fundamentais, assim como expressar raiva de maneira construtiva, interagir com autoridades e lidar com críticas de forma saudável.
  • Habilidades Empáticas: saber ouvir atentamente, refletir os sentimentos dos outros e expressar apoio genuíno são características essenciais para uma comunicação empática. Essas habilidades fortalecem os vínculos interpessoais e promovem uma compreensão mútua.
  • Habilidades de Trabalho em Equipe: coordenar grupos, trabalhar de forma colaborativa, falar em público, resolver problemas de maneira eficaz, tomar decisões assertivas e mediar conflitos de forma construtiva são aspectos cruciais para alcançar um bom trabalho em equipe.
  • Habilidades de Expressão de Sentimento Positivo: fazer amizades duradouras, expressar solidariedade e cultivar o amor em nossas relações são aspectos que contribuem para uma vida social mais gratificante.

O modo como nos comportamos em diferentes contextos sociais pode ter um impacto significativo em nossos relacionamentos e nas situações sociais em que nos encontramos. Podemos identificar três padrões de comportamento: o assertivo, o passivo e o agressivo.

As pessoas com um padrão de comportamento assertivo conseguem expressar seus comportamentos, sentimentos, necessidades e opiniões de forma adequada. Elas utilizam a entonação correta, escolhem o momento apropriado e se comunicam a fim de alcançar consequências positivas tanto para elas mesmas quanto para os outros. Mesmo ao expressar sentimentos negativos ou defender seus direitos, essas pessoas conseguem atingir seus objetivos sem prejudicar seus relacionamentos com as pessoas ao seu redor. Além disso, experimentam sentimentos de bem-estar, autoestima, autoconfiança, responsabilidade consigo mesmos e com o outro, e tolerância à frustração.

Por outro lado, pessoas com um padrão de comportamento predominantemente passivo tendem a priorizar o bem-estar dos outros, muitas vezes em detrimento de si mesmas. Elas renunciam às suas próprias necessidades, opiniões e sentimentos quando esses entram em conflito com os das outras pessoas. Movidas pelo medo da desaprovação social, da perda de afeto ou do impacto negativo em seus relacionamentos, elas tendem a buscar consequências positivas para os outros, mesmo que isso signifique prejuízo pessoal. No entanto, ao agir assim, acabam prejudicando a si mesmas e não conseguem alcançar seus objetivos. Essas pessoas geralmente sentem insatisfação, e baixa autoestima e autoconfiança. Além de assumirem responsabilidade excessiva pelos outros, também apresentam falta de responsabilidade consigo mesmas e demonstram tolerância exagerada à frustração.

Já as pessoas com um padrão de comportamento agressivo expressam seus comportamentos, sentimentos, necessidades e opiniões de forma prejudicial aos outros. Elas priorizam seus próprios direitos e necessidades acima dos demais, o que acaba prejudicando seus relacionamentos interpessoais. Embora possam obter consequências positivas para si mesmas, as pessoas ao seu redor se sentem desvalorizadas e diminuídas.

É fundamental destacar que, por meio da Terapia Comportamental, você pode aprender, praticar e aperfeiçoar suas habilidades sociais, além de identificar e modificar padrões de comportamento que possam ser aprimorados. Essa transformação é capaz de melhorar significativamente sua adaptação social e seus relacionamentos interpessoais, proporcionando maior satisfação, bem-estar e conexões mais profundas e significativas.

Se você está enfrentando dificuldades em sua vida pessoal, amorosa ou profissional devido a questões relacionadas às habilidades sociais, saiba que não está sozinho(a). A Terapia Comportamental pode ser o caminho para te ajudar a desenvolver as habilidades sociais necessárias para superar esses desafios de maneira efetiva. Com o meu apoio, você terá a oportunidade de construir relacionamentos e interações sociais mais satisfatórios.

Não permita que as dificuldades sociais limitem o seu potencial. Dê o primeiro passo em direção a uma relações interpessoais mais plenas e gratificantes, e conte comigo como uma aliada nessa jornada de transformação.

REFERÊNCIAS

  • Bolsoni-Silva, A. T., Carrara, K. (2010). Habilidades sociais e análise do comportamento: Compatibilidades e dissensões conceitual-metodológicas. Psicologia em revista, 16(2), 330-350. doi: 10.5752/P.1678-9563.2010v16n2p330
  • Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (1999). Psicologia das habilidades sociais: Terapia e educação. Vozes.
  • Guilhardi, H. J. (2012). Assertividade-inassertividade em um referencial comportamental. https://itcrcampinas.com.br/pdf/helio/assertividade.pdf